- Hooo, Ilac meu caramelo suiço, estás de todo. Tu que és atleta, que até ganhas-te uma medalha num corta mato internacional, olha para ti nesse estado mas que disparate.
- Corta mato?? Corta mas é isto e deixa o corta mato, corta não, puxa, se não fica lá metade.
- Que andas tu a fazer com as minhas toalhas de linho?
E sem esperar mais, pipi deixou Ilac a olhar para traz e a queixar-se do papel, - Devia ser dodot, este arranha que se farta, foi o ultimo resmungo que ouviu. A conversa e o ambiente da casa de banho, abriram um apetite fugaz em pipi, só já pensava no frango da tia Valquíria. Ao entrar na sala, vê a Lita a chorar compulsivamente e a comer o que restava do jantar. Ficou como uma barata. Olhou para o lado e viu a tia desmaiada no sofá, algo lhe saia da boca, era uma minhoca, uma minhoca algo estranha, uma minhoca com olhos em bico. De onde teria vindo perguntava-se Pipi? Bem, com a fome que estava isso agora também não interessava nada. Comeu-a.
- Que coisa mais nojenta Pipi! – grunhiu a Lita – Como consegues comer isso assim cru?
- Lita, da maneira que a minha tia se pôs com o Ilac, até me admira como não disse que era teu avo. Só ainda não consegui perceber como é que eles se conheceram!?
Pipi sentia necessidade de assentar ideias, o dia estava a ser demasiado convulsivo para uma simples Quinta, sozinho não conseguia por isso foi buscar o ken, ele que sempre o ajudava a escolher o trilho certo e a simplificar os desvairamentos de tudo e todos que o rodeavam. Já com o Ken bem apertadinho, foi claro para Pipi que a tarde também tinha alterado o Ilac. Olhou para o Ken e ficou com pena do olhar triste dele, tinham passado umas horas sem lhe ligar nenhuma. - Queres um momento a sós não é minha flautinha? Mas de repente sente chegar mais alguém a casa. Subiu as calças e voltou para a sala.
- O que aconteceu aqui?
Era a Mugi, que acabara de entrar. Mugi era irmã de Lita, não tão boa mas ainda mais gira, sempre com os olhos brilhantes, cheios de alegria, era a mais simples da família, sempre a melhor aluna da turma, a mais dedicada, não perdia uma missa ao Domingo a não ser quando jogava o Leixões. A única ligação à loucura da família é que gostava de ser mungida…

1 comentário:

Anónimo disse...

VIVA O GRANDE LEIXÔES!!!

Mungiduras antigas